sexta-feira, 2 de março de 2007
[...LUÍSA NETO JORGE...]
A Magnólia
A exaltação do mínimo,
E o magnífico relâmpago
Do acontecimento mestre
Restituem-me a forma
E o meu esplendor.
Um diminuto berço me recolhe
Onde a palavra se elide
Na matéria - na metáfora -
Necessária, e leve, a cada um
Onde se escoa e resvala.
A magnólia,
O som que se desenvolve nela,
Quando pronunciada,
É um exaltado aroma
Perdido na tempestade,
Um mínimo ente magnífico
Desfolhando relâmpagos
Sobre mim.
Luísa Neto Jorge (1939-1989)
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1 comentário:
61 (Hoje já não se reúnem os dons)
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